Robôs de limpeza urbana aliviam a carga de trabalho dos operários em Pingshan
Editor: Daniela | De: EyeShenzhen | Atualizado: 2025-12-05

Nesta fotografia de arquivo, um robô de saneamento da Cowa é visto a trabalhar numa estação de transferência de lixo no subdistrito de Shijing, do distrito de Pingshan. SD-Agencies
A Shenzhen Cowa Robot implantou 36 máquinas de limpeza automatizadas numa área de 2,7 milhões de metros quadrados no subdistrito de Shijing, do distrito de Pingshan. Segundo um funcionário da empresa, estes robôs já se encontram, há algum tempo, a limpar discretamente passeios, esquinas e vias rodoviárias.
A tecnologia por detrás destes equipamentos, no entanto, está longe de ser simples.“O lixo não é algo que possa ser definido de forma uniforme — não tem forma fixa nem limites estáveis”, explicou Wang Yu, presidente executivo da Cowa.Isto impõe elevadas exigências à capacidade de generalização dos modelos de inteligência artificial dos robôs.
O treino com dados do mundo real para identificar lixo é apenas o primeiro passo, observou Wang. A complexidade dos ambientes reais acrescenta desafios adicionais, uma vez que os robôs também têm de decidir como lidar com diferentes tipos de resíduos, desde folhas caídas até pastilha elástica.
O impulso para a automatização é motivado, em parte, pelos objectivos municipais. Shenzhen pretende reduzir o trabalho manual em três a cinco trabalhadores por cada robô implantado, com avaliações rigorosas de desempenho. Tendo em conta que o custo anual de um trabalhador de limpeza em Shenzhen ronda os 70 000 yuan (9 870 dólares norte-americanos), a colocação de um robô torna-se economicamente viável desde que o seu custo anual de operação se mantenha abaixo dos 200 000 yuan.
Os principais clientes da Cowa são os governos locais, mas a empresa também está a olhar para o estrangeiro, com planos para explorar os mercados de Singapura e testar os seus robôs em Abu Dhabi.
Apesar dos ganhos de eficiência — em que um trabalhador com um robô pode agora manter 7 a 8 km de passeios por dia, em comparação com apenas 1 km anteriormente de forma manual — o objectivo não é a substituição total.“O nosso objectivo é a colaboração entre humanos e robôs”, afirmou Liao Wenlong, director de tecnologia (CTO) da Cowa.
Isto faz com que o papel dos trabalhadores humanos deixe de estar centrado na varredura repetitiva, passando a focar-se na supervisão, no apoio e na execução de tarefas mais complexas que os robôs ainda não conseguem realizar, como a limpeza no interior de arbustos, a remoção de resíduos nos caixotes do lixo ou a retirada de cartazes das paredes.
Neste processo de transição, os robôs não estão apenas a assumir tarefas — estão a aliviar os trabalhadores da rotina desgastante, ao mesmo tempo que redefinem aquilo que os seus postos de trabalho podem vir a ser.